Resenha do livro "Os tempos da Fotografia: o efêmero e o perpétuo" de Boris Kossy
Resenha do capítulo, Por uma Historia Fotográfica dos Anônimos.
Capa do livro |
O livro, o tempo e a Fotografia: o efêmero e o perpetuo de Borris Kossoy, das páginas 63 á 77, trás uma abordagem sobre as formações teóricas e conceituais que são estabelecidos em função do contexto sociocultural da fotografia, que não podem ser entendida de forma superficial, exótico e nem serem desvinculadas de suas histórias. O escritor busca por novos estudos e interpretações sobre os fenômenos das origens e desenvolvimento da fotografia na América Latina.
Em sua pesquisa é necessário registros de fotógrafos anônimos que demostram a memoria histórica e fotográfica do país. Nelas as pessoas comuns tornavam-se extraordinárias; bem propício a serem estudados. Se fossem fotos de renomados fotógrafos a tendência seria a valorização da elite e não dos cidadãos comuns que são atores principais da sociedade.
Segundo o autor deste livro, esses profissionais desconhecidos se envolviam com a história, que a fotografia podia contar para outros indivíduos através da imagem, e por isso valorizavam os locais onde passavam. Então ao longo dos anos Borris guardou vários documentos, registros e pesquisas se tornaram num imenso acervo, daí surgiu à ideia de criar um “dicionário” com todas essas informações, com a história da fotografia brasileira contendo os locais e datas aproximadas dos fotos.
Alguns Fotógrafos embarcaram numa vida itinerante a fim de descobrir novos lugares a serem explorados. Assim como foram os exemplos de Charles DeForest Fredricks (1823 - 1894), que apesar das dificuldades teve sucesso, e Carl Bischoff (? - 1939), que abriu um estabelecimento Photophia Artistica, em Vitória. Muitos outros aventureiros precisaram de atividades, além da fotografia, para se estabilizarem financeiramente. Há registros de alguns que foram dentista, relojoeiro e até cabeleireiro.
Nesses trabalhos os fotógrafos tinham a oportunidade de conviver com as pessoas simples, conheceram seus grupos familiares. Eram indivíduos anônimos nos quais seus ritos de passagem e eventos mais representativos eram registrados nas lentes de um itinerante que apenas queriam dá uma contribuição à iconografia dos países da América Latina.
Por Gabriela Melo
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